Na última quarta-feira (14), a agência de risco Fitch revisou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tanto para este ano quanto para o próximo.
Em 2022, a atividade econômica brasileira deve ter expansão de 2,5%, ante 1,4% estimado anteriormente. Porém, para 2023, a agência espera desaceleração forte, a 0,8%. Antes, a taxa esperada era de 1,0%.
De acordo com a Fitch, a revisão de 2022 se deu por causa de dados mais fortes do que o esperado no segundo trimestre.
A recuperação foi apoiada por um maior fortalecimento do mercado de trabalho, reabertura do setor de serviços, recuperação da produção hidrelétrica após a seca do ano passado, algumas medidas políticas e altos preços das commodities.
afirmou o texto
A redução também para 2023 é atrelada ao efeito defasado do aperto da política monetária doméstica, crescimento global mais lento, condições de financiamento externo mais apertadas e incertezas relacionadas ao ciclo eleitoral de outubro.
As perspectivas de crescimento também dependerão dos planos e sinais econômicos do próximo governo, principalmente no que diz respeito à política fiscal e ao envolvimento do Estado na economia.
informou a agência
Aberturas: inflação, selic e câmbio
Em seu relatório, a Fitch projetou que a inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrará o ano de 2022 com taxa de 6,5%. A desaceleração deve seguir ao longo de 2023, até terminar o ano que vem em 5,2%.
Já para a Selic, a agência de risco disse que a taxa de 13,75% representa o fim do ciclo de aperto monetário para o Brasil. Com a queda da inflação projetada, o BC deve reduzir a taxa a 10% no fim de 2023 e 8% no encerramento de 2024.
E, por fim, a Fitch estima que a taxa de câmbio encerre os anos de 2022, 2023 e 2024 em R$ 5,20.
O real brasileiro tem estado volátil e flutuou em linha com outras moedas de mercados emergentes de referência nos últimos meses, refletindo o suporte de taxas domésticas excepcionalmente altas e preços de commodities altos (embora voláteis), fluxo de notícias sobre aperto monetário global e incertezas eleitorais.
explicou a agência
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