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Brasileiros compram mais comida e menos eletrônicos pela internet, aponta pesquisa

Dados da pesquisa Webshoppers 46, elaborada pela consultoria NielsenIQ|Ebit, em parceria com a corretora de pagamentos digitais Bexs Pay, mostram que os brasileiros tem comprado cada vez mais na internet, mas o faturamento do comércio eletrônico tem avançado em um ritmo mais lento.

No primeiro semestre deste ano, as vendas online somaram R$ 118,6 bilhões, uma alta de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, em valores nominais. Contudo, no primeiro semestre de 2021, esse avanço havia sido de 47% sobre o mesmo intervalo de 2020.

Os dados consideram apenas compras em sites brasileiros. Então, ficaram de fora endereços que a NielsenIQ|Ebit classifica como estrangeiros (cross border): Shopee, Alibaba, Amazon EUA, entre outros.

Nomes como Mercado Livre, Americanas e Magazine Luiza estão incluídos no levantamento.

Maior compra de comida e menos de eletrônicos

Ao todo, 49,8 milhões de brasileiros fizeram compras online no primeiro semestre do ano, um aumento de 18% na comparação anual. O tíquete médio, porém, caiu 8%, para R$ 412.

O tíquete médio mais baixo no primeiro semestre foi puxado pelo aumento das compras de alimentos e bebidas pela internet. Essa categoria, que representava 6% do total de pedidos no ano passado, respondeu por 12% das encomendas, uma alta de 128% no número de pedidos.

Contudo, a categoria não inclui o serviço de delivery.

“O consumidor tem feito mais compras de abastecimento na internet, adquirindo produtos como alimentos, bebidas, itens de higiene pessoal, de baixo custo e alto giro”, afirmou Marcelo Osanai, diretor de ecommerce da NielsenIQ|Ebit.

Na visão de Alfredo Costa, diretor-geral da NielsenIQ no Brasil, essa migração é “natural”. “O brasileiro está saindo de produtos de maior valor, telefonia, eletrônicos, e indo para outros produtos de menor valor”, disse.

Durante o primeiro semestre, mais da metade (53,8%) do número total de pedidos foram feitos pelo smartphone. Os demais 46,2% foram feitos via desktop.

Porém, em valor, os pedidos feitos por desktop superam os por celular (52% contra 48%).

Em número de pedidos, as mulheres responderam no período por 56,9% do total, mas em valor transacionado somam 45,7%.

De acordo com Osanai, redes sociais, sites de busca e digitar o nome da loja são, nesta ordem, os principais impulsionadores da jornada da compra online.

Shopee é líder entre sites estrangeiros

Ainda que a pesquisa não tenha computado o total de vendas de sites estrangeiros, a NielsenIQ|Ebit apontou que 54% dos brasileiros fizeram compras em sites cross border no primeiro semestre de 2022.

O valor representa uma queda em relação ao mesmo período de 2021, quando 68% compraram nestes portais.

A Shopee foi o site mais buscado, com 42% das indicações dos entrevistados. Na sequência, estão Aliexpress (34%), Amazon EUA (31%), Shein (16%) e Wish (7%).

A categorias mais procuradas nos sites estrangeiros foram Moda e Acessórios (28%) e Eletrônicos (24%).

O presidente da Bexs Pay, Luiz Henrique Didier Jr., disse que os sites cross border tendem a aumentar a sua representatividade no e-commerce brasileiro.

“A confiança dos consumidores brasileiros nestes sites deve crescer, com os prazos de entrega sendo expressivamente reduzidos, o suporte local, e uma ampla gama de meios de pagamento do Brasil”.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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