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Setor de serviços avança 1,1% em julho, diz IBGE

Conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados avançou 1,1% em julho ante junho. Esta foi a maior alta desde março deste ano e a terceira alta seguida, segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Na comparação com julho de 2021, o avanço foi de 6,3% – 17ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano ficou em 8,5% em relação a igual período de 2021. Já o acumulado nos últimos 12 meses passou de 10,5% em junho para 9,6% em julho, mantendo trajetória descendente desde abril (12,8%).

O valor ficou acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,5% na comparação mensal e de 5,8% na base anual.

O setor se encontra 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,8% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

“Com esse crescimento de julho, o setor de serviços chega ao ponto mais alto desde novembro de 2014, ou seja, do maior patamar da série. Essa retomada de crescimento é bastante significativa e é ligada aos serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação e o de transporte de cargas, que têm um crescimento expressivo e alcançam, em julho, os pontos mais altos das suas respectivas séries. Então o que traz o setor de serviços a esse patamar é o dinamismo desses dois segmentos”, explicou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

O gerente disse que ainda há algum espaço para recuperações associadas à normalização, mas o setor recebeu também impulso do crescimento, devido a particularidades, de atividades como tecnologia da informação e transporte de carga.

Quando sobre o peso da inflação elevada nessa dinâmica, o pesquisador do IBGE lembrou que, mesmo assim, o volume de serviços prestados segue subindo. “A inflação traz reflexo, mas não é impeditivo para o crescimento. Ela pode desacelerar o crescimento”, afirmou Lobo.

Aberturas

Entre os cinco grandes grupos, o avanço de junho para julho tem como destaque as atividades de transportes (2,3%), informação e comunicação (1,1%) e os serviços prestados às famílias (0,6%) – nesse caso, o quinto crescimento seguido, com ganho acumulado de 9,7%.

Por outro lado, outros serviços (-4,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) foram as influências negativas de julho.

Os serviços prestados às famílias cresceram pelo quinto mês seguido, acumulando alta de 9,7% no período. Porém, está 5,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia.

“Em julho, os destaques desse setor foram hotéis e restaurantes. Nós temos acompanhado uma retomada na busca por esses serviços ligados ao turismo, como podemos observar pelo aumento também no transporte aéreo. Além disso, também foi um mês de férias. Esse segmento vem diminuindo a distância em relação ao patamar pré-pandemia, mas segue abaixo dele”, explicou Luiz Almeida, analista da pesquisa.

Atividade turística

O índice de atividades turísticas subiu 1,5% em relação a junho após ter recuado 1,7% em junho. O IBGE destaca que, mesmo com o avanço, o segmento de turismo ainda se encontra 1,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.

Regionalmente, 10 dos 12 locais pesquisados acompanharam o crescimento verificado na atividade turística nacional. 

A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (4,6%), seguido por Santa Catarina (9,6%), Rio de Janeiro (2,0%) e Paraná (4,6%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) assinalaram os únicos recuos em termos regionais.

Avanço regional

Regionalmente, 17 das 27 unidades da Federação tiveram expansão no volume de serviços em julho, acompanhando o avanço no país.

Entre os locais que apontaram taxas positivas, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (1,3%), seguido por Minas Gerais (1,9%), Santa Catarina (3,1%), Goiás (4,7%) e Pernambuco (4,0%).

Porém, o Distrito Federal (-2,8%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Paraná (-1,2%) e Ceará (-2,5%).

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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