O Banco Central informou nesta que semana que, mesmo com o mercado cripto estando em crise desde o início do ano, o mês de maio registrou o recorde histórico de compra de criptomoedas: US$ 912 milhões.
Até o momento, não foram divulgados dados de junho, julho e agosto.
Os dados foram coletados por meio da análise chamada “Balança Comercial de Bens”, dentro da subcategoria “Importação de mercadorias”. Neste banco de dados, existe um espaço apenas para os chamados “criptoativos”.
O BC considera a quase totalidade das compras de criptomoedas como importação, já que a produção local por mineração é estatisticamente irrelevante perante o cenário completo.
Os dados de compra/importação de criptomoedas por brasileiros começaram a ser registrados pelo Banco Central em novembro de 2017 (naquele mês foram comprados US$ 17 milhões).
Antes de maio, o mês com maior compra de criptomoedas por brasileiros tinha sido justamente um ano atrás, em maio de 2021, quando foram comprados US$ 756 milhões.
Até maio, quando acaba o registro do Banco Central, os brasileiros compraram em 2022 um total de US$ 3,2 bilhões em criptomoedas. Trata-se de um aumento de 33% em relação ao mesmo período de 2021, quando a soma chegou em US$ 2,4 bilhões.
A quantidade de criptomoedas compradas por brasileiros entre 2018 e 2021, segundo o BC, foi:
- 2018: US$ 864 milhões;
- 2019: US$ 3 bilhões;
- 2020: US$ 3,3 bilhões;
- 2021: US$ 5,9 bilhões.
Em outubro do ano passado, o diretor de política monetária do BC, Bruno Serra, disse que os investimentos brasileiros em criptoativos no exterior são potencialmente três vezes maiores do que em ações americanas.
Segundo ele, há um potencial para chegar em R$ 50 bilhões de criptoativos comprados por brasileiros.
Mas, durante a videoconferência organizada pela empresa Upon Global, ressaltou: “É um fluxo de uma mão só. Pelo custo da energia, o Brasil não produz criptoativos, é apenas importador”.
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