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Desemprego recua para 9,1%

De acordo com dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados hoje (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 9,9 milhões de brasileiros estavam desocupados no trimestre de maio a julho. Portanto, a taxa de desocupação ficou em 9,1%.

Este é o menor percentual de desocupação desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.

O índice referente a maio a julho de 2022 também representa queda em relação ao trimestre anterior. O resultado foi puxado pelo crescimento do número de pessoas com trabalho informal, que bateu o recorde da série histórica e chegou a 13,1 milhões de pessoas.

A população ocupada chegou a 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012. Mas, mesmo assim, o nível de ocupação, que indica o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, caiu 1,1 ponto percentual, para 57%, na comparação trimestral. Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2021, a queda foi de 4,1 pontos percentual.

No trimestre analisado, trabalhadores informais compuseram 39,8% da força de trabalho no país. Neste grupo, estão incluídos trabalhadores sem registro, empregadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

Os grupos que tiveram o maior número de novos profissionais foram:

  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: empregaram mais 692 mil pessoas;
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 648 mil pessoas.

Embora nenhum dos grupos tenha apresentado queda, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura” não teve crescimento na população ocupada.

Recorde de trabalhadores sem carteira assinada

O IBGE mostrou que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado bateu recorde da série histórica com o aumento de 4,8% em relação ao trimestre encerrado em abril, chegando a 13,1 milhões de pessoas.

Porém, a a taxa de informalidade teve leve redução, ficando em 39,8% da população ocupada, com 39,3 milhões de pessoas, contra 40% no trimestre anterior. A população fora da força de trabalho ficou estável em julho, com 64,7 milhões de pessoas.

Enquanto isso, a população desalentada, ou seja, que não está ocupada nem procurando trabalho, caiu 5% no trimestre e chegou a 4,2 milhões de pessoas. 

Na comparação anual, a queda chegou a 19,8%, o que representa menos 1 milhão de pessoas. O percentual de desalentados correspondeu a 3,7% da força de trabalho no trimestre encerrado em julho.

De acordo com o IBGE, o acréscimo de pessoas no mercado de trabalho foi disseminado entre as categorias de emprego. O número de trabalhadores domésticos subiu 4,4% frente ao trimestre anterior e registrou 5,9 milhões de pessoas. O número de empregadores chegou a 4,3 milhões de pessoas, aumento de 3,9%.

A pesquisa também concluiu que o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,6% no trimestre e ficou em 35,8 milhões de pessoas.

A quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3%. Os empregados no setor público somaram 12 milhões no período analisado, um aumento de 4,7% no trimestre.

Aumento do rendimento médio

O rendimento médio teve crescimento real pela primeira vez em dois anos, chegando a R$ 2.693 no trimestre.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, a última vez que houve crescimento significativo foi no trimestre encerrado em julho de 2020. O valor foi 2,9% maior que no trimestre anterior.

Os dados mostram que o crescimento foi influenciado principalmente por um aumento no rendimento de empregadores, que tiveram incremento de 6,1%, ou mais R$ 369; dos militares e funcionário público estatutário, com aumento de 3,8%, ou mais R$ 176; e dos trabalhadores por conta própria, cujos rendimentos subiram 3% ou R$ 63.

A massa de rendimento real habitual foi R$ 260,7 bilhões, um aumento de 5,3% frente ao trimestre encerrado em abril e de 6,1% na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2021.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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