Para um investidor que busca prosperidade, construir uma estratégia clara e que contemple todos os riscos e particularidades do caráter do mercado é essencial para que a sobrevivência seja o menos prejudicial possível.
Neste momento, ruídos impulsionados pela euforia e ganância de outros podem facilmente influenciar comportamentos que vão em direção da ruína. Para saber como não cair nessas tentações e modismos, Richard Rytenband, economista e CEO da Convex Research, listou 5 comportamentos que te atrapalham nos investimentos:
1. Se contaminar pela euforia e negligenciar os riscos
Principalmente no mercado financeiro, a instabilidade natural do sistema faz com que euforias exageradas venham à tona, podendo gerar bolhas financeiras e posteriores crises.
“Cuidado, o que é côncavo (exposição com mais desvantagens que vantagens) se disfarça de vencedor e atua como uma espécie de “canto da sereia”, pense sempre na razão ganhos / perdas no médio prazo”, explica Richard.
Ter uma visão mais centrada e humilde certamente te fará permanecer em posição segura e, mesmo que mais conservadora, não deixará de garantir retornos satisfatórios e preservação do patrimônio.
2. Se esquecer que o maior objetivo deve ser a preservação de capital
Ainda relacionado com as euforias e ondas que surgem a partir de determinadas classes de ativos e aplicações, a maior parte dos investidores acaba esquecendo de um dos principais pilares de uma boa trajetória no mercado financeiro: preservação de patrimônio.
Mesmo com diversas fragilidades ao redor, o capital deve ser sempre o foco de maior preservação, buscando garantir perdas que não te levem à ruína, e ganhos que possam beirar crescimentos exponenciais.
3. Se impressionar com oscilações diárias de preços
Como já foi dito anteriormente, a instabilidade e volatilidade natural do mercado faz com que picos surgem rapidamente e, consequentemente, isso atrai um grande contingente de pessoas que se deixam levar pela promessa de retorno financeiro fácil e imediato, deixando de lado uma perspectiva de grandes ciclos.
Richard alerta: “Não se esqueça que a tentativa de pegar a “última onda” ou a máxima já extinguiu gerações de investidores. Um bom caminho é pensar no seu portfólio de uma forma agregada e não isoladamente”.
4. Tentar prever ou ter certezas sobre os mercados
Principalmente em momentos de maior tranquilidade do comportamento do mercado, se manter em uma posição humilde é essencial para não cair em prejuízo que muitas vezes podem ser fatais para o investidor.
Ao invés de focar em eventos isolados, o correto seria direcionar a atenção a sua exposição a cada um destes eventos. “Quem procura explicações diárias ou intradiárias para movimentos de mercado se expõem a muitos ruídos (como temos visto nas últimas semanas).”, disse Richard.
5. Abandonar o “arroz com feijão” e querer sofisticar as formas de exposição
A partir do momento em que o investidor tenta se afastar de práticas que já são feitas há gerações e mais gerações, acaba-se perdendo tempo de forma desnecessária e se prejudicando ainda mais, já que a clareza de uma exposição correta não estará presente.
Portanto, apostar nas técnicas e posturas tradicionais, sem se deixar levar por ambições que busquem atalhos e truques que se mascaram por inovadores é essencial.
“O simples é o sofisticado, mas poucos conseguem chegar no estado da simplicidade”, finaliza Richard.